segunda-feira, 11 de fevereiro de 2019

Mulheres dirigindo Uber, Traumatizante para algumas.

'Somos entregues aos lobos', dizem motoristas sobre assédio sexual.

O que pode e deveria ou ainda é para muitas uma fonte de renda, muitas vezes se torna constrangedor e ameaçador, só quem já passou por assedio sabe como nós mulheres nos sentimos com medo e assustadas... Os depoimentos que vocês vão ler aqui são poucos, se pesquisarmos direitinho, acharemos vários, até quando teremos que viver com isso? com medo até de trabalhar? não é só na Uber que existe assédio, é no escritório, na maioria das vezes a domestica sofre com o patrão, é nos trens, na rua, não podemos passar em uma rua com um poste queimado que já ficamos assustadas, e ao contrário do que muitos falam que nossas roupas chamam atenção para isso, eu duvido muito, pois eu mesma já fui vitima de assedio mais de 4 vezes e garanto que nem uma das vezes estava com roupas vulgares, e roupa não é desculpa para o comportamento doentio de alguns seres do sexo masculino, mas vamos aos depoimentos:



Chrystle Barajas, de 44 anos, diz que tentou disfarçar o medo quando um passageiro descreveu sua fantasia sexual com uma mãe solteira (que era o seu caso)


A corrida terminou logo depois
"Quando ele saltou, disse que, se eu virasse à direita, chegaria à rua principal."
Mas não era o caminho certo - era um beco sem saída.
"Quando voltei, ele estava lá com as calças arriadas... segurando (o pênis)", diz Barajas.
"Ainda bem que ele não estava dentro do meu carro quando fez isso, mas ainda assim foi traumatizante."
Imediatamente, Barajas entrou em contato com o Uber nos Estados Unidos. Um representante da empresa disse que investigaria o caso - mas ela diz que nunca informaram o resultado da investigação e ficou pensando se aquele homem estaria livre para solicitar outras corridas, com outras motoristas mulheres, no futuro.
"Eles me disseram que não poderiam me dizer o resultado da investigação por questões de privacidade", contou Barajas.
O Uber confirmou à BBC News que o acesso do passageiro havia sido suspenso temporariamente durante as investigações.
A companhia não comunicou, no entanto, o resultado da investigação - mas um porta-voz destacou que ambos os lados de cada incidente são levados em consideração, assim como os antecedentes do motorista.

'Ele me agarrou'

A BBC entrevistou dezenas de motoristas do sexo feminino que trabalham para o Uber e a Lyft, as duas maiores empresas de tecnologia que conectam motoristas parceiros a usuários nos Estados Unidos.
Todas manifestaram que, como mulheres, tinham a sensação de estar constantemente vulneráveis e nem sempre sentiam que as companhias priorizavam seus interesses.
"Eu tive que denunciar um passageiro que me agarrou enquanto eu dirigia", disse Zuwena Belt, motorista da Lyft em Portland, no Oregon.
Belt administra um grupo no Facebook para motoristas do sexo feminino.
Outra motorista, no Arizona, descreveu como o passageiro "apertou a calça contra o pênis ereto e perguntou o que ela achava".
"Respondi que achava inapropriado", diz.
Ela classificou então o passageiro com uma estrela, medida que deveria ter impedido o aplicativo de conectá-la com ele a partir de então. Mas depois de "passados talvez 10 minutos, a Lyft me passou uma corrida dele de novo".

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