quinta-feira, 2 de maio de 2019

O inimigo pode estar dentro da sua casa.

Vejo muitas pessoas julgando quem vai morar com um parceiro que não seja o pai biológico de seu filho/a, a verdade é que nem sempre esse padrasto é um inimigo, vejo pais que abandonam e na maioria das vezes esse parceiro acaba substituindo a figura paterna para a criança, se torna a figura mais próxima de um pai que ela tem e terá.
Porém, nem todo é igual, você pode sim estar colocando um inimigo em sua casa sem saber, mas as vezes o inimigo, pode ser o próprio pai.




“Aos 5 anos, me tornei vítima do meu avô materno. Os abusos aconteciam dentro de casa, enquanto minha avó estava envolvida com os afazeres domésticos. Ele me acariciava e me fazia tocar suas partes íntimas. Com medo de ser descoberta e culpada por aquilo, atendia aos seus pedidos. Ele nem se envergonhava. Como defesa, me fazia acreditar que aquilo era um carinho normal. Foram quatro anos de abusos, que me transformaram em uma adolescente promíscua. Entrei em depressão, tentei me matar diversas vezes. Por muitos anos, culpei a minha avó por não ter percebido nada. ‘Por que não me protegeu?’, eu me perguntava. Mas no fundo, a culpa era de uma só pessoa: dele. Eu não fazia ideia do que estava acontecendo, era muito pequena e cheguei a pensar que era responsável por aquela violência. Vivo à sombra deste fantasma até hoje. Só consegui me abrir sobre o assunto com a minha irmã, que suspeita ter passado por algo parecido, mas não se recorda com exatidão, e com o meu pai em seu leito de morte. Para poupar minha mãe, nunca contei nada a ela. Hoje, tenho 40 anos e ainda choro toda vez que lembro de tudo. Me arrependo de não ter gritado.” 


“Fui violentada na infância por quem mais deveria me proteger, meu pai. Sinto um misto de nojo e vergonha até hoje ao lembrar. Assim que minha mãe saia para trabalhar, ele me chamava para a cama dele, onde me alisava e me obrigava a acariciá-lo. De meu herói, ele se transformou em meu pior pesadelo. Anos depois, virei vítima do meu tio, irmão dele. Sofro até hoje com essas lembranças. Nunca senti prazer em nenhum relacionamento. A violência me travou. Levo uma vida cheia de angústia, que vou carregar pra sempre comigo.” 


“Fui abusada diversas vezes quando criança e por pior que seja dizer isso, comecei a achar que se tratava de algo natural. Cheguei a pensar que era uma maneira de me tornar mulher. O abuso que mais me marcou aconteceu aos 9 anos. Meu vizinho me violentou. Ele tinha dois filhos, com quem eu e minha irmã adorávamos brincar. Mas toda vez que íamos à casa dele, ele deixava os três assistindo filme e dizia que comigo ia ser mais especial. Me levava para outro quarto, me mostrava revistas masculinas e me forçava a masturbá-lo. Minha vontade era de fugir, mas o medo de alguém descobrir algo me impedia. Só me dei conta de tudo o que passei aos 20 anos. Hoje, aos 30, sinto náusea só de lembrar. Essa situação toda fez despertar muito cedo o meu desejo sexual, assim como me tornou uma pessoa muito desconfiada. Quando adulta procurei tratamento psicológico para me livrar dessa angústia. Sempre achei que era eu quem tinha feito algo errado.” 


"Tinha aproximadamente 5 anos quando um dos vizinhos pegou uma banana e passou na minha vagina. Eu era muito novinha e não entendia o que estava acontecendo. Mas recordo bem do medo que senti, porque ele tampou a minha boca"


Não tem como culpar ou questionar como Deus permite uma coisas dessas, o que homem faz na terra, infelizmente acredito eu, que Deus não tenha controle sobre isso, mas tenho certeza que pagarão por seus atos... Também não podemos colocar a culpa no "Diabo" ele estará lá esperando por pecadores como esses, mas ele não tem o poder de entrar em nossas mentes para nos mandar fazer o mal.

Entendam, parem de julgar a moça que se separou, que encontrou um companheiro e resolveu começar uma nova família, que tem inteligência, sabe analisar, sabe reconhecer quando a pessoa é verdadeira e confiável, observa cada passo e casa gesto com seus filhos, agora vocês sabem que o inimigo não precisa ser necessariamente o padrasto, pode ser seu vizinho, pode ser o avô, pode ser o tio ou por mais doloroso que seja para eu escrever isso: PODE SER O PROPRIO PAI.

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