segunda-feira, 1 de julho de 2019

Por que algumas pessoas não conseguem se lembrar dos sonhos?


Para muitos de nós, sonhos são uma presença quase intangível. Se tivermos sorte, conseguimos nos lembrar brevemente ao acordar; mesmo quem é capaz de recordar com riqueza de detalhes sonhos passados, pode despertar certos dias com quase nenhuma memória do que sonhou. No entanto, há algumas razões pelas quais isso acontece. A resposta para o porquê de sonharmos - e se conseguimos nos lembrar dos sonhos - está enraizada na biologia dos nossos corpos adormecidos e do nosso subconsciente. O sono é mais complicado do que se imagina. Quando está em repouso, nosso cérebro passa por uma montanha-russa de estados mentais, com algumas partes repletas de atividade mental. O sonho está mais associado à fase do sono conhecida como Movimento Rápido dos Olhos (REM, na sigla em inglês). Às vezes, o REM também é chamado de sono dessincronizado, uma vez que pode imitar alguns sinais de quando estamos acordados. Durante essa fase, os olhos se movem rapidamente, há alterações na respiração e na circulação, e o corpo entra em um estado de paralisia, conhecido como atonia. Acontece em ondas de 90 minutos durante o sono, e é nesse estágio que nosso cérebro tende a sonhar. Há um fluxo extra de sangue para partes cruciais do nosso cérebro durante o REM: o córtex, que preenche nossos sonhos com seu conteúdo, e o sistema límbico, que processa nosso estado emocional. Enquanto estamos neste estado de sono ideal para sonhar, há uma intensa atividade nessa região. O lóbulo frontal, no entanto, responsável pelo nosso senso crítico, fica em repouso. Isso significa que costumamos aceitar cegamente o que está acontecendo nas narrativas muitas vezes sem sentido dos sonhos até acordar.


Existe um componente químico crucial para garantir que as imagens dos sonhos sejam retidas: a noradrenalina. Este é um hormônio que estimula o corpo e a mente a agirem - e seus níveis são naturalmente mais baixos durante o sono profundo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário